A REAÇÃO DA SOCIEDADE FRENTE ÀS CATÁSTROFES

A sociedade do mundo contemporâneo se baseia na impressionante quantidade de informação fluente nos meios eletrônicos e digitais, a notícia, o entretenimento e o conhecimento disponíveis em documentos impressos, na televisão e mais recentemente na internet têm feito do ser humano um ser dependente da mídia.
Os assuntos abordados na mídia são os mais variados possíveis, e os que prendem mais a atenção do espectador são aqueles passíveis de polêmica como escândalos de celebridades, mortes, sexo ou crimes de toda natureza.
Um tipo de notícia sempre presente e persistente nos noticiários trata de tragédias ambientais como enchentes, deslizamentos, soterramentos ou terremotos, estas ocasiões são bastante propícias para uma forte exploração por parte da mídia que intensifica a cobertura jornalística com a desculpa da informação em primeiro lugar, mas na verdade abusa do sensacionalismo. Tão beneficiados quanto os veículos midiáticos são os grandes nomes políticos que aproveitam o momento de fraqueza das vítimas para engrandecer seus nomes com promessas de obras faraônicas que irão solucionar futuros problemas com o ambiente ou mesmo com medidas paliativas como doações de alimentos e mantimentos básicos para a sobrevivência dos que padecem com a perda de seus pertences com uma tragédia desse gênero, e ao mesmo tempo a mídia leva as pessoas a atribuir a culpa desses acontecimentos a Deus ou associar a fenômenos sobrenaturais apocalípticos, levando as pessoas à dependência emocional e material quando apelam através de promessas religiosas e políticas ao invés de estimular as pessoas a ter consciência de que todas essas situações enfrentadas é culpa de toda um sistema social, político, econômico e ambiental baseado em um regime capitalista que visa acima de tudo o lucro indiscriminado.
Esses meios de comunicação deveriam estar preocupados em incentivar os poderes públicos a nível federal, estadual ou municipal para intensificar ações pertinentes prevenindo dessas grandes catástrofes, porém aproveitam-se dessa situação para se promoverem com a audiência arrancada da miséria do próximo.